1º CHÁ DAS MULHERES DEUSIANAS-FEIRA DE SANTANA (CASA LIEGE)

1º CHÁ DAS MULHERES DEUSIANAS-FEIRA DE SANTANA (CASA LIEGE)

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Retiro de Mulheres 14, 15 e 16 Outubro/2011


sexta-feira, 15 de julho de 2011

O PODER DA MULHER QUE ORA .Capítulo 04

4. SENHOR, ENSINA-ME A ANDAR POR TEUS CAMINHOS EM OBEDIÊNCIA

Lembro-me de quando estava no ensino médio e, certo semestre, tive de fazer aulas de natação. Eu detestava as aulas porque eram às sete e meia da manhã e meu cabelo ficava horrível o resto do dia. (Naquela época, não havia secadores de cabelo portáteis, se é que você consegue imaginar tempos tão primitivos.) Chuva ou sol, tínhamos de nadar todo dia, e às vezes era bem frio naquelas manhãs de inverno californiano cheias de nevoeiro. Você só era dispensada se estivesse morrendo e, ainda assim, precisava apresentar um atestado médico.
Apesar da penúria daquela experiência, eu adorava nadar e tor¬nei-me razoavelmente boa em natação. Aprendi que, se me posicio¬nasse corretamente e fizesse todos os movimentos certos, podia avançar com rapidez na água. Tornou-se um exercício fácil, e logo eu estava do outro lado da enorme piscina. Não havia nada que me fizesse vacilar, nem mesmo a água agitada pelos outros nadadores dos dois lados.
O mesmo princípio aplica-se a nós. Se queremos atravessar as águas de nossa vida com sucesso, devemos nos posicionar corretamente e aprender quais são os movimentos certos. Se não o fizermos, quando chegarmos às situações turbulentas, não seremos capazes de atravessá-las. Vamos acabar nos debatendo até a exaustão fazendo de tudo para não afundar. E, na verdade, jamais vamos chegar a lugar algum.
No entanto, se nos posicionarmos sob a liderança de Cristo e aprendermos o que ele requer de nós, o fluir do Espírito Santo nos levará para onde precisamos ir.

Os movimentos certos
A maneira de aprendermos o que Deus espera de nós é pela leitura de sua Palavra. Não podemos começar a fazer os movimentos certos se não sabemos quais são. Além disso, podemos estudar quanto quiser¬mos o santo manual da vida e aprender tudo o que devemos, mas vai chegar uma hora em que precisaremos pular na água. A prova de nossa sinceridade encontra-se em fazer e não somente saber. Uma coisa é escrever uma lista do que se deve ou não fazer, mas outra bem diferente é ter um coração dedicado aos caminhos de Deus e uma alma que anseia por viver nesses caminhos. Uma coisa é ler sobre a vida e outra é vivê-la. A obediência é algo que você faz; ter um cora¬ção disposto a obedecer é um motivo de oração.

Senhor, ajuda-me a ser disciplinada
Ouço esse clamor de mulheres por todo o mundo. Sabemos um bo¬cado sobre o que devemos fazer, mas muitas vezes temos dificuldade de colocar isso em prática. Devemos orar para que Deus nos capacite a fim de sermos disciplinadas o suficiente para fazer o que é necessário.
Na maior parte do tempo, sou uma pessoa razoavelmente disci¬plinada. No entanto, nem sempre fui assim. Houve uma época em minha vida que era exatamente o contrário. Sofria de uma depressão que não me largava. E, como muitas de vocês que já ficaram depri¬midas sabem, é impossível pensar com clareza e organizar bem a vida quando você está lutando para encontrar um motivo para viver. Você não consegue fazer as coisas que são boas para você porque não sabe se valem a pena. Você não avança na vida, pois sobreviver a cada dia requer toda a sua energia.
Quando comecei a aprender a orar sobre todos os aspectos de minha vida, pedi a Deus que me ajudasse a ser disciplinada o sufici¬ente para ler diariamente sua Palavra, orar fielmente e dar os passos de obediência que precisava. Pedi-lhe que me livrasse da depressão e de qualquer outra coisa que estivesse me impedindo de chegar a tudo o que ele havia reservado para mim. Eu me surpreendi como Deus respondeu tão rapidamente àquelas orações. Tornei-me muito mais disciplinada, organizada e obediente do que acredito que seria nor¬mal dentro de minhas capacidades naturais. Mesmo caminhando com o Senhor há trinta e dois anos, porém, ainda estou aprendendo a viver em novos patamares de obediência. Meu corpo está envelhe¬cendo, mas, como resultado de obedecer a Deus de novas maneiras, a cada ano que passa meu espírito está sendo renovado. E, a cada novo passo de obediência que dou, experimento novas bênçãos e nova liberdade que não conhecia e jamais imaginei serem possíveis.
Não caia na armadilha de achar que uma vez que você foi salva, não precisa mais fazer nenhum esforço. É como não tomasse mais banho, por já ter se casado. Talvez você consiga escapar por um tem¬po, mas é um negócio arriscado e sem dúvida alguma vai afetar sua qualidade de vida. Aprender a obedecer é um processo que dura a vida toda. Há sempre novas dimensões de obediência a conquistar. Mesmo que você venha caminhando com o Senhor há quarenta anos, ainda precisa que Deus lhe mostre certas áreas da vida em que não está sendo obediente. Nós nos complicamos quando achamos que sabe¬mos o que fazer e paramos de perguntar a Deus se estamos, de fato, fazendo o que devemos. "Por esta razão, importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos" (Hb 2:1).
Não podemos jamais nos orgulhar de como obedecemos a Deus perfeitamente, pois ele está, a todo tempo, nos levando além e pedindo que passemos a outros níveis de crescimento. Também não podemos cair no outro extremo e dizer: "Este é meu jeito de ser - indisciplinada e incapaz de aprender". Não temos desculpas para deixar de fazer o que devemos quando Deus diz que vai nos capacitar para fazê-lo se pedirmos sua ajuda. Tudo que precisa¬mos dizer é: "Senhor, ajuda-me a ser disciplinada o suficiente para obedecer-te como tu queres a fim de que eu possa ser a pessoa que tu me criaste para ser". Sem a obra de aperfeiçoamento, balanceamento e refinamento do Espírito Santo, a liberdade que você tem em Cristo se transformará em permissão para fazer o que você bem entender.

Obediência pessoal
Além das regras que todos nós temos de obedecer, há coisas específi¬cas que Deus pede de cada uma de nós individualmente, a fim de nos levar a alcançar o propósito que ele rem para nossa vida. Essas coisas são diferentes para cada pessoa. Por exemplo, há oito anos, Deus instruiu meu marido e eu para que nos mudássemos da Califórnia para o Tennessee. Não era algo que eu queria fazer, e a idéia nem havia me passado pela cabeça. Estava feliz onde me encontrava e não queria sair de lá. No entanto, por causa de uma direção clara de Deus, empacotamos nossas coisas e obedecemos. Ao longo dos anos, têm ficado cada vez mais claros os motivos de nossa mudança, e sou mui¬to grata por termos ouvido e seguido a direção de Deus. Contudo, possivelmente não teríamos ouvido, se não tivéssemos, de fato, dito para Deus: "Senhor, mostra-nos o que devemos fazer".
E importante que você continue pedindo a Deus que lhe mostre o que ele quer que você faça. Se você não perguntar, não vai ficar sabendo. Ê simples assim. Por exemplo, talvez Deus lhe peça que mude de emprego, pare de fazer certa atividade, faça parte de certa igreja ou mude o jeito com que sempre fez alguma coisa. Seja lá o que ele pedir que você faça, lembre-se de que ele tem em mente as maiores bênçãos para você. No entanto, você deve entender que tal¬vez nem chegue a ouvi-lo, caso não esteja realizando os outros passos de obediência que ele espera de todas nós, que podem ser encontra¬dos em sua Palavra. "O que desvia seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável" (Pv 28:9). Perguntar não dói.

Coisas que você preferia não fazer
Todas nós temos de fazer coisas que não queremos. Até mesmo no mais maravilhoso dos empregos, sempre há alguns aspectos que não nos encantam. No entanto, parte do sucesso na vida significa fazer coisas que preferíamos não fazer. Quando fazemos coisas de que não gostamos simplesmente porque sabemos que precisamos fazê-las, isso constrói nosso caráter. Torna-nos disciplinadas. Transforma-nos em líderes nas quais Deus pode confiar. Há sempre um preço a pagar quando deixamos de lado coisas que precisamos fazer a fim de fazer só as coisas que temos vontade. Precisamos estar desejosos de fazer sacri¬fícios pelas bênçãos que queremos.
Quando você sente dificuldade em fazer algo que sabe que é neces¬sário, peça ao Espírito Santo que a ajude. E claro que você ainda tem de dar o primeiro passo, não importa quão assustador, intimidante, horrível, incômodo ou desagradável ele seja. Mas, quando você o fizer, o Espírito Santo a ajudará por todo o caminho. "Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis" (Ez 36:27).

Dez bons motivos para obedecer a Deus
Há inúmeros motivos para obedecer a Deus, mas há um motivo principal: é o que ele ordena que façamos. Se não houvesse mais nenhum motivo, esse certamente já seria suficiente. No entanto, há muitos benefícios importantes dos quais você e eu devemos ser lem¬bradas com regularidade. Abaixo fiz uma lista com dez deles.
1. Nossas orações são ouvidas. "Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido. Entretanto, Deus me tem ouvido e me tem atendido a voz da oração" (Sl 66:18,19).
2. Desfrutamos uma percepção mais profunda da presença do Senhor. "Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada" (Jo 14:23).
3. Adquirimos sabedoria. "Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos; é escudo para os que caminham na sinceridade" (Pv 2:7).
4. Temos a amizade de Deus. "Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando" (Jo 15:14).
5. Podemos viver em segurança. "Observai os meus estatutos, guardai os meus juízos e cumpri-os; assim, habitareis seguros na terra" (Lv 25:18).
6. Somos aperfeiçoadas. "Aquele, entretanto, que guarda a sua pa¬lavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele" (1 Jo 2:5).
7. Somos abençoadas. "Eis que, hoje, eu ponho diante de vós a bênção e a maldição: a bênção, quando cumprirdes os mandamentos do SENHOR, vosso Deus, que hoje vos ordeno" (Dt 11:26,27).
8. Encontramos felicidade. "O que guarda a lei, esse é feliz" (Pv 29:18).
9. Temos paz. "Observa o homem íntegro e atenta no que é reto; porquanto o homem de paz terá posteridade" (Sl 37:37).
10. Temos uma vida longa. "Filho meu, não te esqueças dos meus ensinos, e o teu coração guarde os meus mandamentos; porque eles aumentarão os teus dias e te acrescentarão anos de vida e paz" (Pv 3:l,2).

Um trampolim para o destino
Deus tem grandes planos para você. Tem coisas importantes que ele deseja que você faça. Neste exato momento, ele está preparando você para seu destino. Contudo, você precisa dar passos de obediência a fim de chegar lá. Além disso, precisa confiar que ele sabe o caminho e que não vai magoá-la ao longo do processo.
As regras de Deus são para nosso bem, não para nos fazer sofrer. Quando vivemos de acordo com elas, a vida funciona. Quando não as seguimos, a vida se desintegra. Quando obedecemos, temos clare¬za. Quando não, temos confusão. Além disso, existe uma relação bem definida entre obediência e amor a Deus. Apesar de Deus nos amar, não vamos sentir seu amor, se estamos andando em desobe-diência, fora de seus caminhos.
Existe, também, uma relação direta entre a obediência e a respos¬ta às orações (1 Jo 3:22). Se você está frustrada porque não vê respos¬tas a suas orações, pergunte a Deus se isso está sendo causado por desobediência. Diga: "Senhor, há alguma área de minha vida em que não estou sendo obediente a ti?" Não fique falando para Deus o que você quer sem perguntar o que ele quer.
Você não sabe quando alcançará aquele momento para o qual Deus a está preparando. E não é só um momento; é uma sucessão de muitos momentos. Não importa se você é uma profissional solteira ou uma senhora casada com nove filhos, todos com menos de 10 anos de idade, não importa se você tem 19 ou 90 anos, Deus está preparando você a cada dia para algo especial. Ele quer que você esteja disposta a deixar que ele a purifique, fortifique e faça você crescer nele. Contudo, você precisa respeitar as regras do jogo. "Igualmente, o atleta não é coroado se não lutar segundo as normas" (2 Tm 2:5). Você não pode nadar com sucesso até chegar àquela sucessão de momentos se não estiver fazendo os movimentos certos no presente.

Minha Oração a Deus
Senhor,
Tua Palavra diz que aqueles que amam tua lei terão grande paz e nada os fará tropeçar (Sl 119:165). Amo tua lei, pois sei que ela é boa e que existe para meu próprio bem. Capacita-me a viver em obediência a cada lei para que eu não tropece e venha a cair. Ajuda-me a obedecer-te para que possa permanecer na confiança e paz de saber que estou andando em teus caminhos.
Meu coração deseja obedecer-te em todas as coisas, Senhor. Mostra-me em que áreas não estou fazendo isso. Se há passos de obediência que preciso dar e que não compreendo, peço-te que abras meus olhos para a verdade e me ajudes a dar esses passos. Sei que não posso fazer tudo certo sem tua ajuda, por isso peço que tu me capacites para que eu viva em teus caminhos em obediência. "De todo o coração te busquei; não me deixes fugir aos teus man-damentos" (Sl 119:10).
Tua Palavra diz que "se dissermos que não temos pecado ne¬nhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós" (1 Jo 1:8). Não quero me iludir ao não te perguntar onde estou errando o alvo que tu determinaste para minha vida. Revela-me quando não estou fazendo as coisas que deveria. Mostra-me se estou fazendo coisas que não deveria. Ajuda-me a ouvir tuas ins¬truções específicas para mim. Fala claramente comigo por meio de tua Palavra para que eu saiba o que é certo e o que é errado. Não quero agir de modo a entristecer o Espírito Santo (Ef4:30). Aju¬da-me a estar sempre aprendendo sobre teus caminhos para que possa viver na plenitude de tua presença e alcançar tudo o que tu tens para mim.

O PODER DA MULHER QUE ORA Capítulo 03

3. SENHOR, AJUDA-ME A SER UMA PESSOA QUE PERDOA

Ao longo de minha infância, minha mãe abusava de mim, mas não meu pai. Quando me tornei cristã, a coisa óbvia a fazer era perdoar minha mãe. Foi só vários anos mais tarde que Deus me revelou que eu não havia perdoado meu pai. Quando um conse¬lheiro cristão com quem eu conversava sobre a inquietação e frus¬tração de minha alma me perguntou se havia algo pendente em relação ao meu pai, respondi que não. Por que haveria? Não foi ele que abusou de mim. No entanto, quando o conselheiro pediu que eu orasse e pedisse a Deus que me mostrasse a verdade, uma vida inteira de fúria, raiva, mágoa, rancor, bem como lágrimas e mais lágrimas inundaram todo o meu ser. Bem no fundo, sentia que meu pai não havia me salvado. Em momento algum ele havia me livrado da insanidade de minha mãe. Ele nunca havia me tirado do armário onde ela me trancava por tanto tempo no início de minha infância. Não percebi quanto eu o culpava por permitir que minha mãe, que ele sabia que sofria de uma doença mental grave, tivesse me tratado com tanta crueldade. Naquele dia, quando o perdoei, senti uma paz que jamais havia experimentado.
Com freqüência, não reconhecemos o rancor que existe dentro de nós. Achamos que somos pessoas que perdoam, mas na verdade não somos. Se não pedimos a Deus que nos revele nosso rancor, talvez nunca nos libertemos das garras paralisantes desse mal em nossa vida. Uma boa parte do processo de nos certificarmos de que nossa vida está em ordem diante de Deus está relacionada a perdoar outras pessoas. Jamais poderemos alcançar tudo o que Deus tem para nós se não perdoarmos.

Uma excelente escolha
Sei que "ódio" é uma palavra muito forte e detestamos usá-la para qualquer coisa. Certamente detestamos a idéia de que talvez tenha¬mos, de fato, ódio a outra pessoa. É justamente nisso que consiste o rancor - ele é a raiz do ódio. Quando alimentamos pensamentos rancorosos, eles se transformam em ódio dentro de nós. João levava isso tão a sério que disse: "Todo aquele que odeia a seu irmão é assas-sino; ora, vós sabeis que todo assassino não tem a vida eterna perma¬nente em si" (1 Jo 3:15). Jesus disse: "E, quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas" (Mc 11:25).
Vamos deixar isso bem claro. Quando não perdoamos, somos considerados assassinos sem nenhuma esperança eterna e não deve¬mos contar com o perdão de Deus até que tenhamos perdoado os outros. Eu diria que entre perdoar e não perdoar, perdoar parece ser a melhor escolha.
Quando decidimos não perdoar, acabamos andando em trevas (1 Jo 2:9-11). Pelo fato de não podermos ver claramente, ficamos confusas e tropeçamos. Isso interfere em nossa capacidade de julgar corretamente, e assim cometemos erros. Tornamo-nos fracas, doen¬tes e amargas. Outras pessoas percebem tudo isso, pois o rancor aparece no rosto, nas palavras e nas ações daqueles que o carregam consigo. Mesmo que não consigam identificar especificamente o que é, as pessoas vêem isso e não se sentem à vontade perto de nós. Quando decidimos perdoar, não apenas nós mesmas somos benefi¬ciadas, mas também as pessoas ao nosso redor.

A família em primeiro lugar
E muito fácil guardar rancor de membros da família, pois são eles que passam mais tempo conosco, nos conhecem melhor e podem nos magoar com maior profundidade. No entanto, por esses mesmos motivos, o rancor para com um deles pode causar grande destruição em nossa vida. É por isso que o perdão deve começar em casa.
Em primeiro lugar, é muito importante ter certeza de que você perdoou seus pais. A Bíblia é extremamente clara quanto a isso. O quinto mandamento diz: "Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá" (Êx 20:12). Se você não honrá-los, sua vida será encurtada. E você não tem como honrá-los, se não perdoá-los.
Decidi perdoar minha mãe porque desejava obedecer a Deus e alcançar tudo que ele tinha preparado para mim. Deve ter funciona¬do, pois olhe só quantos anos eu tenho. No entanto, perdoá-la uma vez não significou que nunca mais precisei me preocupar com isso. Camadas e mais camadas de rancor haviam se acumulado dentro de mim ao longo dos anos e descobri que precisava perdoá-la de novo cada vez que uma dessas camadas vinha à tona. Na verdade, precisava perdoá-la cada vez que me encontrava com ela, pois com o passar dos anos ela foi ficando cada vez pior.
Confessar um dia o rancor que sentimos por outra pessoa não sig¬nifica que não teremos rancor dentro de nós no dia seguinte. E por isso que perdoar é uma escolha que devemos fazer diariamente. Nós esco¬lhemos perdoar, quer tenhamos vontade de fazê-lo, quer não. Trata-se de uma decisão e não de um sentimento. Se esperarmos pelos senti-mentos bons, pode ser que acabemos esperando a vida inteira. Se te¬mos qualquer amargura ou rancor, a culpa é sempre nossa por não abrirmos mão deles. É nossa responsabilidade confessá-los a Deus e pedir que ele nos ajude a perdoar e prosseguir com nossa vida.
Precisamos também pedir que Deus nos mostre se há outros mem¬bros da família que precisamos perdoar. Normalmente, não nos ve¬mos como pessoas rancorosas. Talvez irritadas, mas não rancorosas. No entanto, é necessário lembrarmos que nossos padrões são muito mais baixos que os de Deus e, portanto, muitas vezes não vemos quando precisamos perdoar. Peça a Deus que lhe revele qualquer rancor que você tenha de algum parente. Enquanto você não resolver isso, vai se sentir péssima.

Quando você não consegue perdoar
Perdoar não é fácil. Contudo algumas vezes parece absolutamente impossível diante do sofrimento devastador e terrível por que passa¬mos. Se você tem dificuldade em perdoar alguém, peça a Deus que a ajude. Foi o que eu fiz em relação a minha mãe e, quando ela faleceu, eu não sentia mais nenhum rancor por ela. Se lhe vem à mente al-guém que é difícil você perdoar, peça a Deus que lhe dê um coração cheio de perdão por essa pessoa. Ore por ela de todas as formas que puder imaginar. É incrível como Deus enternece nosso coração quando oramos pelas pessoas. Nossa raiva, ressentimento e mágoa transfor¬mam-se em amor.
No entanto, não se preocupe. Quando perdoamos alguém, isso não faz com que essa pessoa esteja certa nem justifica seus atos. Per¬doar as pessoas as coloca nas mãos de Deus para que ele possa lidar com elas. Na verdade, o perdão é a melhor vingança, porque não apenas nos liberta da pessoa que perdoamos como também nos liber¬ta para prosseguirmos e alcançarmos tudo o que Deus tem para nós. O fato de perdoarmos alguém não depende de essa pessoa admitir sua culpa ou pedir desculpas. Se fosse assim, a maioria de nós jamais seria capaz de fazê-lo. Podemos perdoar independentemente do que a outra pessoa faça.
Algumas vezes, acontecem coisas tão devastadoras em nossa vida que podemos passar anos sem dar conta da amargura que temos por causa delas. Às vezes, não perdoamos a nós mesmas e, assim, nos con¬denamos a uma vida inteira de castigo por seja lá o que for que fize¬mos ou deixamos de fazer. Algumas vezes culpamos Deus por certas coisas que aconteceram. Peça a Deus que lhe mostre se uma dessas situações é seu caso. Não deixe que a falta de perdão limite o que Deus deseja fazer em sua vida.

O que for preciso
Quatrocentas e noventa! Esse é o número de vezes que devemos per¬doar uma pessoa. Pedro perguntou a Jesus: "Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?" Respondeu-lhe Jesus: "Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete" (Mt 18:21,22). É possível que você consiga pensar em alguém que vai ter de perdoar 490 vezes por dia, mas a questão é que Deus deseja que perdoemos quantas vezes for preciso. Ele quer que sejamos pessoas que perdoam.
Jesus contou a história de um homem que foi perdoado de uma grande dívida que tinha com seu senhor. Ainda assim, logo depois disso, mandou seu pobre servo para a cadeia porque este não pôde lhe pagar uma pequena dívida. Quando o senhor ficou sabendo dis¬so, falou: "Perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste; não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como tam¬bém eu me compadeci de ti? E, indignando-se, o seu senhor o entre¬gou aos verdugos, até que lhe pagasse toda a dívida. Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão" (Mt 18:32-35).
Isso é muito sério. Nós que aceitamos Jesus fomos perdoadas de uma dívida enorme. Não temos direito nenhum de deixar de perdoar os outros. Deus diz: "Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou" (Ef 4:32). Se não perdoarmos, seremos pri¬sioneiras de nosso ódio, torturadas por nossa amargura.
Tudo o que fazemos na vida e que tem valor eterno gira em torno de duas coisas: amar a Deus e amar aos outros. É muito mais fácil amar a Deus do que aos outros, mas Deus considera ambos a mesma coisa. Um dos gestos mais amorosos que podemos realizar é perdoar. E difícil perdoar aqueles que nos magoaram, ofenderam e maltrata¬ram. No entanto, Deus deseja que amemos até nossos inimigos. Ao longo desse processo, ele nos aperfeiçoa (Mt 5:48). Vai ser sempre fácil encontrarmos algo para não perdoarmos. Precisamos parar de procurar.
Deus deseja que você alcance tudo o que ele tem para você. Se, porém, você não perdoar, fica presa onde está e impede que Deus trabalhe em sua vida. O perdão abre seu coração e sua mente e per¬mite que o Espírito Santo opere em você livremente. Ele liberta você para ter mais amor por Deus e sentir em maior medida o amor dele por você. Sem isso, a vida não vale a pena.

Minha Oração a Deus
Senhor,
Ajuda-me a ser uma pessoa que perdoa. Mostra-me os casos em que não o sou. Expõe os lugares mais profundos de minha alma para que eu não fique presa ao rancor e coloque em risco meu futuro. Se há dentro de mim qualquer raiva, amargura, ressenti¬mento ou rancor que não estou reconhecendo, revela-os e eu os confessarei a ti como pecado. Peço-te de maneira específica que me ajudes a perdoar completamente (mencione a quem você deve perdoar). Faze-me compreender a profundidade de teu amor por mim para que eu não deixe de conceder o perdão a outros. Sei que o fato de eu perdoar alguém não faz com que essa pessoa esteja certa, mas sim que eu fique livre. Também sei que tu és o único que conhece toda a história e que tu farás justiça.
Ajuda-me a perdoar a mim mesma pelas vezes em que fracas¬sei. E, se te culpei por coisas que aconteceram em minha vida, mostra-me para que possa confessar isso diante de ti. Capacita-me para que eu ame meus inimigos conforme tu ordenaste em tua Palavra. Ensina-me a abençoar os que me amaldiçoam e me per¬seguem (Mt 5:44,45). Faze-me lembrar de orar por aqueles que me magoam ou ofendem afim de que eu tenha um coração terno para com eles. Não quero tornar-me uma pessoa dura e amarga pelo rancor. Faze-me alguém que não tarda em perdoar.
Senhor, mostra-me se há algum rancor para com minha mãe ou meu pai por qualquer coisa que tenham feito ou deixado de fazer. Não quero encurtar minha vida por não honrá-los e que¬brar esse importante mandamento. E onde o rancor me afastou de outro membro da família, peço-te que derrubes esse muro. Ajuda-me a perdoar sempre que for preciso. Nos casos em que posso ser um instrumento de reconciliação entre outros membros da fa¬mília cujo relacionamento encontra-se rompido ou desgastado, capacita-me para fazê-lo.
Senhor, não quero que nada se coloque entre nós e não quero que minhas orações sejam interrompidas por eu haver alimentado o pecado em meu coração. No dia de hoje, decido perdoar todas as pessoas e todas as coisas e me libertar da morte que o rancor traz. Se qualquer pessoa sente rancor por mim, peço-te que enterneças seu coração para me perdoar e mostra-me o que posso fazer para resolver essa questão entre nós. Sei que não posso ser uma luz para outros enquanto estiver andando nas trevas do rancor. Escolho andar na luz, como tu estás na luz, e ser purificada de todo o pecado (1 Jo 1:7).

Capítulo 02

2. SENHOR, PURIFICA-ME E FAZE MEU CORAÇÃO RETO DIANTE DE TI


Antes de prosseguirmos, vamos deixar uma coisa bem clara: você e eu não somos perfeitas. Ninguém é perfeito. Ninguém chegou lá. Ninguém é incapaz de pecar. Ninguém vive sem problemas. Nin­guém já andou tanto tempo com o Senhor que saiba tudo e, portan­to, não tenha nada a aprender. Nenhuma de nós é tão completa a ponto de não precisar de nada de Deus. Nenhuma de nós tem tudo absolutamente em ordem.
Pronto! Está dito.
Por favor, não pense que eu disse essas coisas porque acredito que você precise saber delas. Pelo contrário, creio que você já sabe disso. Eu as mencionei porque quero que você saiba que todas nós sabemos disso. Sabemos disso sobre nós mesmas, e uma sabe sobre a outra. Assim, podemos ser completamente honestas conosco mesmas sobre nós mesmas.
Ao ler este livro, não quero que você sinta que deve tentar alcan­çar um padrão inatingível. Este livro não é sobre alcançar padrões. É sobre você permitir que Deus se torne seu padrão. Não é sobre você mesma tentar fazer alguma coisa acontecer. E sobre reconhecer que você não é capaz de fazer nada acontecer, mas você pode entregar sua vida a Deus e deixar que ele faça as coisas acontecer. Não é sobre encontrar formas de evitar o julgamento de Deus e sentir-se uma fracassada se não fizer tudo com perfeição. E sobre experimentar ple­namente o amor de Deus e deixar que ele a aperfeiçoe. Não é sobre fingir ser outra pessoa. É sobre tornar-se quem você é de fato. No entanto, a fim de ver essas coisas acontecer, é preciso que você seja completamente honesta consigo mesma e com Deus sobre quem você é neste momento.
As mulheres de todo o mundo querem viver de modo a dar fru­tos. Desejam habitar na graça do Senhor ao obedecerem a suas leis. Desejam ser inabaláveis nas verdades de Deus e, ao mesmo tempo, sensíveis ao sofrimento e às necessidades dos outros. Desejam conhe­cer a Deus de todas as maneiras que ele possa ser conhecido e dese­jam ser transformadas pelo poder de seu Espírito. Contudo, muitas vezes elas são duras consigo mesmas quando não vêem essas coisas acontecendo diariamente. São rápidas em detectar o que estão fazen­do de errado e lentas para apreciar o que estão fazendo certo.
Por isso, quero que você encare essa idéia de purificar seu coração não como um julgamento de que seu coração está impuro, mas sim como um chamado de Deus para que coloque tudo em ordem dian­te dele, a fim de que ele lhe possa dar todas as bênçãos que tem para sua vida. Veja isso como Deus preparando-a para o trabalho impor­tante que ele tem para você mais adiante.
A fim de conseguir fazer isso, você terá de examinar sua vida muito bem. Terá de ser corajosa o suficiente para dizer: "Senhor, mostra-me o que está dentro de meu coração, alma, mente, espírito e vida e que não deveria estar lá. Ensina-me o que não estou compreendendo. Convence-me sobre onde estou errando o alvo. Acaba com minha arrogância, orgulho, medo e inseguranças e ajuda-me a enxergar a verdade sobre mim mesma, minha vida e minha situação. Expõe quem eu sou, Senhor. Eu posso agüentar. Capacita-me para que eu corrija meus caminhos errados. Ajuda-me a colocar a verdade no lugar das mentiras e a fazer mudanças duradouras".
E preciso coragem para fazer uma oração como essa. Talvez mais coragem do que muitas de nós têm no momento. Se você está hesi­tando em deixar que o Senhor exponha seu coração por causa daqui­lo que ele pode revelar, então peça a Deus que lhe dê a coragem de que você precisa. A fim de ver mudanças para melhor ocorrendo em sua vida, você precisa estar aberta para a obra de purificação e aperfei­çoamento do Espírito Santo. Você precisa permitir que ele exponha seu coração para que você não se engane sobre você mesma e sua vida. Precisa convidá-lo a criar um coração puro dentro de você. En­tão, deve estar disposta a fazer estas duas coisas:
1. Confessar a Deus qualquer pecado em pensamento ou ação que ele lhe mostrar.
2. Arrepender-se das coisas que acabou de confessar.

A verdadeira confissão
Não pense que não tem nenhum pecado a confessar, só porque não é uma assassina nem nunca roubou um banco. Não pense que, por estar caminhando com o Senhor há alguns anos e freqüentar a escola dominical e estudo bíblico durante a semana, bem como todas as reuniões de oração entre uma coisa e outra, não tenha nada de que se arrepender. O pecado não precisa ser óbvio, com luzes piscando ao redor, para ser pecado. Por exemplo, você alguma vez já duvidou de que Deus pode fazer aquilo que ele promete em sua Palavra? A incre­dulidade é pecado. Você já fez um comentário sobre outra pessoa que não foi exatamente lisonjeiro? A fofoca é pecado. Você já evitou al­guém temendo que essa pessoa fosse pedir algo que você não gostaria de dar? O egoísmo é pecado. Você já teve uma atitude de desamor para com outra pessoa? Aquilo que não vem do amor é pecado.
É difícil evitar o pecado o tempo todo. E por isso que a confissão é tão essencial. Quando não confessamos nossos pecados, falhas ou erros, eles nos separam de Deus. Então, nossas orações não são res­pondidas. "As vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça" (Is 59:2).
Quando não confessamos nossos pecados, acabamos tentando nos esconder de Deus. Como Adão e Eva no jardim, sentimos que não podemos encará-lo. Contudo o problema relativo a tentar esconder-se de Deus é a impossibilidade. A Bíblia diz que tudo o que fazemos será revelado. Até mesmo as coisas que dissemos e pensamos em segredo. "Nada há encoberto que não venha a ser revelado; e oculto que não venha a ser conhecido. Porque tudo o que dissestes às es­curas será ouvido em plena luz; e o que dissestes aos ouvidos no interior da casa será proclamado dos eirados" (Lc 12-.2,3). "E não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem te­mos de prestar contas" (Hb 4:13).
Que idéia mais assustadora! Se cada uma de nós terá de prestar contas, quanto antes acertarmos as coisas com Deus, melhor. Na verdade, quanto antes tratarmos dos pecados que podemos ver, mais rápido Deus nos revelará os que não podemos enxergar. E só Deus sabe quantos desses estão habitando em cada uma de nós.
Todo pecado tem uma conseqüência. O rei Davi descreveu isso muito bem quando falou de seu próprio pecado não confessado: "Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pe­los meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio" (Sl 32:3,4).
Lembro-me de ter ressentimentos para com meu marido por pa­lavras que ele me disse e que me magoaram profundamente. En­quanto me agarrei àquela mágoa e ressentimento, senti-me fisica­mente enferma. Não queria confessá-los, pois considerava meus sen­timentos justificados e ele o errado. No entanto, finalmente percebi que todo pecado é pecado, então confessei meu ressentimento a Deus como pecado - e no momento que o fiz, a sensação de enfermidade em meu corpo se foi. "Não há parte sã na minha carne, por causa da tua indignação; não há saúde nos meus ossos, por causa do meu pecado. Pois já se elevam acima de minha cabeça as minhas iniqüidades; como fardos pesados, excedem as minhas forças. Tornam-se infectas e purulentas as minhas chagas, por causa da minha loucura" (Sl 38:3-5). A vida já é bastante difícil sem termos de carregar de um lado para o outro ossos velhos, secos, doentes e fracos.
Não há nada mais pesado do que o pecado. Não percebemos quan­to ele é pesado até que sintamos seu peso esmagador trazendo morte para nossa alma. Não sentimos quanto ele é destrutivo até que de­mos de cara com o muro que se ergueu entre nós e Deus por causa do pecado. Por isso é melhor confessar cada pecado assim que nos da­mos conta dele e deixar nosso coração puro e reto imediatamente. A confissão mostra abertamente nosso pecado para Deus. Quando você confessa seu pecado, não está informando Deus de algo que ele não sabe. Ele já sabe. Ele quer ser informado de que você sabe.
Confessar, porém, é mais do que só pedir desculpas. Qualquer um pode fazer isso. Todas nós conhecemos pessoas que têm um talento especial para pedir desculpas. O motivo pelo qual elas fa­zem isso tão bem é porque praticam o tempo todo. Precisam dizer "desculpe-me" repetidamente, pois nunca mudam suas atitudes. Na verdade, algumas vezes dizem "desculpe-me" sem nem ao me­nos admitirem que erraram. São os profissionais das desculpas. Suas confissões não significam nada. A verdadeira confissão, porém, sig­nifica admitir em detalhes o que você fez e então arrepender-se com­pletamente daquilo.

O arrependimento pleno
Uma coisa é reconhecer que você fez algo de errado e desobedeceu às leis de Deus; outra é entristecer-se com isso a ponto de resolver com determinação jamais fazer tal coisa de novo. Isso é arrependimento. Arrepender-se significa mudar de idéia. Dar meia volta e ir para o outro lado. Arrepender-se é sentir tão profundamente por seu ato a ponto de fazer o que for preciso para que não se repita. A confissão significa que reconhecemos que fizemos algo errado e admitimos nosso pecado. O arrependimento significa que sentimos por nosso pecado a ponto de nos entristecermos profundamente e mudamos de rumo.
Arrepender-se de algo não significa necessariamente que jamais vamos cometer aquele pecado outra vez. Significa que não temos a intenção de cometê-lo outra vez. Assim, se você se pegar confessando o mesmo pecado outra vez depois de tê-lo confessado há pouco tem­po e se arrependido dele, prossiga com sua confissão. Não deixe que o inimigo coloque o laço da culpa em seu pescoço e grite palavras de fracasso em seu ouvido. Confesse e arrependa-se quantas vezes for preciso até poder dar um coice no inimigo e ver que você venceu a batalha com esse problema. Não alimente pensamentos como: Cer­tamente Deus não vai me perdoar de novo pela mesma coisa que confes­sei semana passada. Ele perdoa toda vez que confessamos o pecado diante dele e nos arrependemos plenamente. "Bem-aventurado aquele cuja iniqüidade é perdoada, cujo pecado é coberto" (Sl 32:1). Você pode mudar o rumo das coisas em sua vida quando se volta para o Senhor e se arrepende.
Aprenda a confessar e arrepender-se rapidamente para que o pro­cesso de morte que começa a desenvolver-se cada vez que desobede­cemos às regras de Deus não tenha tempo de fazer grandes estragos, "porque o salário do pecado é a morte" (Rm 6:23). Peça a Deus dia­riamente que lhe mostre em que pontos seu coração não está puro e reto diante dele. Não deixe que nada a separe de tudo o que Deus tem para você.

Minha Oração a Deus
Senhor,
Coloco-me humildemente diante de ti e peço-te que purifiques meu coração de todo erro e renoves em mim um espírito reto. Perdoa-me por pensamentos que tive, palavras que disse e coisas que fiz que não te glorificaram ou que estão em contradição direta com teus mandamentos. Confesso-te especificamente (mencione quaisquer pensamentos, palavras ou ações que você sabe que não agradam a Deus). Confesso isto como pecado e me arrependo dele. Escolho deixar para trás esse tipo de pensamento ou ação e viver como tu queres. Sei que tu és "misericordioso, e compassivo, e tar­dio em irar-se, e grande em benignidade" (Jl 2:13). Perdoa-me por não dar a isso o devido valor.
Senhor, sei que tu és um Deus "que conhece os segredos dos corações" (Sl 44:21). Revela-me esses segredos quando não consigo enxergá-los. Mostra-me qualquer área de minha vida onde estou abrigando o pecado com meus pensamentos, palavras ou ações e que não reconheci. Mostra-me a verdade sobre mim mesma para que eu possa vê-la claramente. Examina minha alma e expõe minhas mo­tivações afim de revelar aquilo que preciso compreender. Estou dis­posta a abrir mão de hábitos inúteis e sem sentido que não são o melhor que tu tens para minha vida. Capacita-me para que possa fazer mudanças onde elas são necessárias. Abre meus olhos para aquilo que preciso ver, afim de que possa confessar todos os pecados e me arrepender deles. Desejo purificar minhas mãos e limpar meu coração conforme tu ordenaste em tua Palavra (Tg 4:8).
Peço-te: "Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; e, segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões. Lava-me completamente da minha iniqüi­dade e purifica-me do meu pecado" (Sl 51:1,2). Senhor, "cria em mim... um coração puro e renova dentro em mim um espírito inabalável. Não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito" (Sl 51:10-11). "Absolve-me das [faltas] que me são ocultas" (Sl 19:12). "Vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno" (Sl 139:24). Faze-me pura e reta diante de ti. Desejo receber teu perdão afim de que venham tem­pos de refrigério de tua presença (At 3:20).

As Promessas de Deus para Mim
Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.
1 João 1:9

Amados, se o coração não nos acusar, temos confiança diante de Deus; e aquilo que pedimos dele recebemos, porque guar­damos os seus mandamentos e fazemos diante dele o que lhe é agradável.
1 João 3:21,22

Confessei-te o meu pecado e a minha iniqüidade não mais ocultei. Disse: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniqüidade do meu pecado.
Salmo 32:5

Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados.
Atos 3:19

O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia.
Provérbios 28:13
Este livro é dedicado a minhas irmãs em Cristo em todo o mundo que anseiam por aprofundar seu relacionamento com o Senhor, alcançar tudo o que Deus tem para elas e tornar-se tudo o que ele as criou para serem.

1. Senhor, faze-me andar mais perto de ti


Antes de vir a conhecer o Senhor, estava envolvida em todo tipo de ocultismo, religiões orientais e da Nova Era. Buscava a Deus em cada uma delas na esperança de encontrar algum sentido ou propósito para minha vida. Estava desesperada para encontrar uma saída para a dor emocional, o medo e a depressão que sentia diariamente desde a infância. Pensava que certamente havia um Deus e, se eu conseguisse ser boa o suficiente para me aproximar dele, talvez algo de sua gran­deza passasse para mim, e então eu me sentiria melhor comigo mes­ma e com a vida.
É claro que jamais consegui fazer isso, pois os deuses que eu pro­curava eram distantes, frios e alheios a mim. Isso me deixava ainda mais deprimida, pois fui criada por uma mãe que era distante, fria e alheia a mim, sem contar que era também abusiva, assustadora e cruel. Mais tarde, foi diagnosticado que ela sofria de uma doença mental e, de lá para cá, eu já a perdoei por tudo o que sofri em suas mãos. Ainda assim, as memórias de minha infância acumularam-se e, numa avalanche de dor, desabaram sobre mim de modo tão insu­portável que acabei sendo sufocada por minha própria aflição e esmagada por um desespero suicida.
Mas foi ali, no ponto mais baixo de minha vida, quando estava com 28 anos de idade, que descobri quem é Deus verdadeiramente e recebi Jesus como meu Salvador. Essa decisão deu início a um pro­cesso de libertação, cura e restauração que jamais imaginei ser possível.
Quando recebi o Senhor e comecei a sentir sua vida operando dentro de mim, pude ver qual era o elemento comum de todas as outras religiões e práticas com as quais havia me envolvido. Essa semelhança era que os deuses de cada uma daquelas religiões não tinham poder de salvar ou transformar uma vida humana. No en­tanto, o Deus da Bíblia podia. Ele é o único Deus vivo e verdadeiro. Quando nós o encontramos e o recebemos, seu Espírito vem habi­tar dentro de nós. Pelo poder de seu Espírito, ele nos transforma de dentro para fora e muda miraculosamente nossas circunstâncias e nossa vida.
Também descobri que ele é um Deus que pode ser encontra­do. Um Deus que pode ser conhecido. Um Deus que deseja estar perto de nós. Por isso ele se chamou Emanuel, que significa "Deus conosco". No entanto, ele se chega a nós à medida que nos chega­mos a ele (Tg 4:8).
Se eu pudesse me sentar para conversar com você sobre sua vida, eu lhe diria que, se recebeu o Senhor, a resposta para aquilo de que precisa está dentro de você. Isso porque o Espírito Santo de Deus está dentro de você, e ele a conduzirá em todas as coisas e lhe ensinará tudo de que você precisa saber. Ele transformará você e suas circunstâncias além de seus sonhos mais fantásticos se você desistir de tentar fazê-lo sozinha e deixar que ele o faça do jeito dele e no tempo dele.
Não se trata de lutar para ser boa o suficiente a fim de aproximar-se de Deus, pois não há como qualquer um de nós conseguir isso. É uma questão de deixar que toda a bondade de Deus esteja dentro de você. Trata-se de se chegar a Deus e senti-lo chegando-se a você. Trata-se de um relacionamento íntimo com Deus e da plenitude que será operada em você como decorrência.

Sei o que você quer
Passei três dos últimos quatro anos viajando por todos os Estados Unidos falando a grupos de mulheres. Em quase todos os lugares aonde fui durante esse tempo, fiz uma pesquisa para um livro que estava escrevendo chamado O poder do marido que ora. Desejava saber de que maneira as mulheres mais queriam que orassem por elas. Suas respostas não foram surpreendentes, mas o fato de serem unâni­mes em todas as cidades e estados foi incrível. A primeira necessidade pessoal de todas as mulheres pesquisadas era crescer espiritualmente e ter um relacionamento profundo, forte, vital, transformador, cheio de fé com Deus. A certa altura, parei de fazer a pesquisa, pois os resultados eram sempre os mesmos. Havia captado a mensagem!
Estou certa de que você, como eu e muitas outras mulheres, dese­ja um relacionamento profundo, íntimo e amoroso com Deus. Você não estaria lendo este livro se esse não fosse o caso. Você anseia pela proximidade, a ligação, a afirmação de que você é boa e desejável. No entanto, Deus é o único que pode lhe dar tudo isso o tempo todo. Suas necessidades e anseios mais profundos só serão preenchidos em um relacionamento íntimo com ele. Nenhuma pessoa chegará mais fundo em seu ser do que Deus. Ninguém jamais virá a conhecê-la tão bem ou amá-la tanto quanto ele. Esse anseio insaciável que você sente, o vazio que você deseja que aqueles ao seu redor preencham, foi colocado em você por Deus para que ele possa preenchê-lo.
Deus deseja que ansiemos por ele. E quando nos damos conta de que é a ele que queremos, nos tornamos livres. Somos livres para identificar os anseios, a solidão e o vazio dentro de nós como um sinal de que precisamos nos chegar a Deus com braços abertos e pedir que ele nos preencha com mais dele. No entanto, esse relacio­namento profundo e íntimo com Deus que todas nós desejamos, sem o qual não podemos viver, não acontece por acaso. É preciso buscá-lo, orar por ele, alimentá-lo e cuidar dele como um tesouro. Tudo isso deve ser feito continuamente.

Cinco maneiras eficazes de saber se seu relacionamento com Deus é superficial
1. Se você segue o Senhor só por aquilo que ele pode fazer por você, então seu relacionamento com ele é superficial. Se você o ama o suficiente para perguntar-lhe o que você pode fazer por ele, então seu relaciona­mento está se aprofundando.
2. Se você só fala com Deus quando as coisas estão difíceis ou quando você precisa de algo, então seu relacionamento com ele é superficial. Se você se pega orando a ele várias vezes por dia simplesmente por­que ama estar na presença dele, então seu relacionamento está se aprofundando.
3. Se você fica zangada ou decepcionada com Deus quando ele não faz o que você quer, então seu relacionamento com ele é superficial. Se você é capaz de louvar a Deus independentemente do que está acon­tecendo em sua vida, então seu relacionamento com ele está se aprofundando.
4. Se você ama a Deus só por causa daquilo que ele faz, então seu relacionamento com ele é superficial. Se você o ama e o teme por quem ele é, então seu relacionamento com ele está se aprofundando.
5. Se você acha que precisa implorar a Deus ou convencê-lo a respon­der a suas orações, então seu relacionamento com ele é superficial. Se você acredita que Deus deseja responder às orações que você faz de acordo com a vontade dele, então seu relacionamento com ele está se aprofundando.

Um tempo sozinha com ele
É impossível nos chegarmos a Deus e conhecê-lo bem ou desenvol­ver o tipo de relacionamento que desejamos, se não passarmos um tempo sozinhas com ele. É nesses momentos particulares que somos renovadas, fortalecidas e revigoradas. E nesses momentos que conse­guimos ver nossa vida da perspectiva de Deus e descobrir o que é verdadeiramente importante. É nessas ocasiões que compreendemos a quem pertencemos e em quem cremos.
Deus tem muita coisa para falar a nosso coração. Contudo, se você não se distanciar da agitação de seu dia e passar um tempo sozi­nha com ele em quietude e solitude, você não vai ouvi-lo. O próprio Jesus passou um bom tempo sozinho com Deus. Se havia alguém que podia dar um jeito de não fazê-lo, certamente era ele. Quanto esse tempo deve ser ainda mais importante para nós?
Sei que reservar um tempo para orar a sós pode ser difícil. Espe­cialmente quando o inimigo de nossa alma não deseja que você consiga. Mas, se você fizer disso uma prioridade, reservando um horário específico para orar diariamente, talvez anotá-lo em sua agenda como faz com qualquer outro compromisso importante, e tiver a determinação de cumprir esse compromisso com Deus, você verá suas orações ser respondidas como nunca.
Lembre-se de que, se você não tem orado muito, não pode espe­rar que as coisas mudem de uma hora para a outra. Leva algum tem­po para conseguir que o enorme transatlântico que é sua vida faça a volta e tome outro rumo. Ele não muda imediatamente de posição no momento em que você começa a virar o leme de direção. Na verdade, é possível que a princípio você não veja praticamente ne­nhuma mudança. O mesmo acontece com a oração. A oração pode fazer sua vida mudar totalmente de rumo, mas isso não acontece sempre no momento em que você diz suas primeiras palavras. Pode levar algum tempo de oração contínua até que, de fato, você comece a observar uma mudança de cenário. Isso é normal, portanto não desista. Logo você estará a pleno vapor numa nova direção. Muitas vezes as pessoas desistem pouco antes de conseguirem ver o novo horizonte de orações respondidas. Lembre-se de que esta viagem não é apenas uma voltinha ao redor da baía, é um cruzeiro para toda a vida rumo a seu destino. Desistir não é uma opção.

Atribuindo os devidos nomes
Você às vezes tem dificuldade de se lembrar de nomes? Eu tenho. Especialmente quando encontro muitas pessoas ao mesmo tempo. Posso me lembrar dos nomes e dos rostos em separado, mas nem sempre junto os dois corretamente. E isso pode me complicar. Com Deus, a situação é outra. Ele tem apenas um rosto, mas muitos, muitos nomes. No entanto, se não conhecemos todos os seus nomes, pode ser que não compreendamos todos os aspectos de seu caráter.
Deus tem literalmente centenas de nomes. Algumas vezes, po­rém, parece que encontramos dificuldade em lembrar de alguns fundamentais. Pode ser que nos esqueçamos de um, exatamente quan­do precisamos lembrá-lo. Por exemplo, pode ser que pensemos em Deus como nosso Pai celestial, mas nos esqueçamos de que ele é nosso Marido e Amigo. Ou talvez nos lembremos dele como Consolador, mas nos esqueçamos de que é nosso Libertador. Pode ser que pensemos nele como nosso Protetor, mas não nos lembremos de que ele é Médico dos Médicos. Algumas pessoas não pensam que Deus é mais do que seu Salvador, o que em si é mais do que merecemos. No entanto, Deus quer ser ainda mais do que isso para nós. Ele dese­ja que conheçamos todos os aspectos de seu caráter, pois a maneira como identificamos Deus afetará o modo como vivemos a vida.
Cada um dos nomes de Deus na Bíblia representa uma das for­mas com que ele deseja que confiemos nele. Você confia que ele é sua Força (Sl 18:1)? Ele é sua Paz (Ef 2:14)? Ele é Aquele que exalta sua cabeça quando você está abatida (Sl 3:3)? Ele é seu Purificador (Ml 3:2,3)? Sua Sabedoria (1 Co 1:24)? Seu Conselheiro (Sl 16:7)? Seu redil, seu Lugar de descanso (Jr 50:6)? Cada um dos nomes dele é sagrado, e é dessa forma que devemos tratar cada um deles.
Quando eu trabalhava com entretenimento secular em Los Angeles, ouvia a palavra "Deus" umas cem vezes por dia, dita com leviandade por pessoas sem qualquer reverência ou compreensão acer­ca do Senhor. Foi só quando aceitei Jesus que percebi como a palavra se tornava uma imprecação quando tratada de modo profano. Usar o nome de Deus em vão traz uma maldição sobre quem o profere, pois é desobediência a um dos Dez Mandamentos. "Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão, porque o Senhor não terá por ino­cente o que tomar o seu nome em vão" (Êx 20:7). Também é uma violação do maior mandamento de Deus, que diz: "Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força" (Mc 12:30). Ninguém que ama a Deus usa o nome dele em vão.
No entanto, a mesma palavra - "Deus" —, quando proferida em amor por alguém que o reverencia, tem em si grande poder. Poder de salvar, curar, prover, proteger e muito mais. Usá-la de modo profano impede que justamente essas coisas venham a fluir em nossa vida. Também há grande poder em cada um dos nomes de Deus, e quan­do ditos com fé, amor, entendimento e reverência, trazem uma bên­ção e aumentam sua fé.
Por exemplo, o nome de Deus é sempre um refúgio seguro quan­do se precisa de socorro. "Torre forte é o nome do Senhor, à qual o justo se acolhe e está seguro" (Pv 18: 10). Se você está doente, corra para o Médico dos Médicos. Se não tem como pagar suas contas, corra para seu Senhor que Provê. Se você está com medo, corra para seu Refugio. Se você está passando por uma fase de escuridão, corra para sua Luz Perpétua. Ao dizer o nome dele com reverência e agra­decimento, você o convida a ser aquela designação para você. Muitas vezes, há tanta coisa que não temos em nossa vida simplesmente porque não reconhecemos Deus como a resposta para aquela neces­sidade. Como você pode ser curada se não reconhece que Deus é o Médico dos Médicos?
Na lista abaixo incluí apenas trinta nomes de Deus, mas há cente­nas em sua Palavra. Apesar de ser um só Deus, ele tem tantas dimen­sões que, a fim de sermos capazes de compreender todas elas, deu a si mesmo muitos nomes diferentes. É a única maneira de nós, que so­mos tão pequenas, conseguirmos começar a entender a Deus que é tão grande. Sugiro que toda vez que você deparar com outro nome para Deus na Bíblia, sublinhe, anote na margem ou acrescente a uma lista. Isso a fará lembrar de quem Deus deseja ser para você. Ao ler a lista abaixo, convide Deus a ser cada um desses nomes para você de uma forma nova, real e transformadora.

terça-feira, 3 de maio de 2011

(disse Jesus à mulher:) "Se beber da água que eu lhe der nunca terá sede, pelo contrário, a água que eu lhe der se fará em ti uma fonte de água que jorra para a vida eterna."
João 4:14